"Dou muitas voltas dentro do pouco que sei para justificar
a textura desse novo sentimento. E se fico em mim por tanto
tempo, é porque gosto de um descansar macio. Gosto do que
é imenso mesmo quando ele se revela tão pequeno, mesmo
quando ele é tão mansinho. Dou muitas voltas dentro do muito
que sinto para ampliar as minhas porções de poesia. E se fico
em mim por pouco tempo, é porque estou verdadeiramente
disposta a apagar uma realidade que me anula. Porque gosto
do que é imenso mesmo quando ele é invisível, mesmo quando
machuca. É que quando estou em mim, não tenho tamanho,
só cresço. E me continuo..."
(Priscila Rôde)